WWE compra a AAA

Hoje, no pré-show do WrestleMania 41, a WWE anunciou a compra da promoção mexicana Lucha Libre AAA Worldwide.

O anúncio foi feito por Michael Cole, ao lado do diretor criativo da WWE, Triple H, do co-fundador da AAA, Alberto Fasja Cohen, e dos atuais presidentes Dorian e Marisela Peña, rodeados por atuais lutadores de origem mexicana da WWE e do astro da AAA El Hijo del Vikingo. Detalhes de como a companhia será operada daqui pra frente ainda não foram revelados.

AAA foi fundada em 1992 como uma cisão do Consejo Mundial de Lucha Libre (CMLL) e se estabeleceu nas décadas seguintes como o principal rival da empresa centenária. Em parceria com a World Championship Wrestling (WCW), a AAA foi responsável por levar aos Estados Unidos o primeiro gosto da lucha libre moderna e revolucionando a forma como o país via os luchadores.

Mais recentemente, a AAA teve uma parceria de alguns anos com a All Elite Wrestling (AEW), mas a aliança se desfez nos últimos meses, com a mexicana virando suas atenções à WWE e a AEW, para a CMLL.

A aquisição da AAA pela WWE é péssima para a luta-livre. Ajuda a enterrar a diversidade de formatos e estilos e a montar um perigoso monopólio. Abre-se o caminho para outras empresas, como as japonesas NOAH e Marigold, e a TNA Wrestling – todas já em parcerias estratégicas com a WWE – serem compradas e adaptadas em mini-WWEs pelo mundo.

A WWE não tem um histórico de deixar suas compras operantes. A ressurreição da Extreme Championship Wrestling (ECW, só em nome) em 2006 e, atualmente, a EVOLVE, são os únicos exemplos. E nada são além de nomes diferentes para o mesmo produto. Menos diversidade para os fãs.

Monopólios, claro, também tendem a achatar salários, diminuir oportunidades e criar um ambiente inóspito para que novos rivais apareçam. É o plano de Triple H com sua dominação mundial e plantio de diversos NXTs pelo mundo. Nessa semana, ele declarou que a ideia do NXT Europa ainda está viva.